quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Vestido, o ilustre convidado


Em uma cerimônia religiosa de matrimônio, poucas pessoas pensam como a personagem de Vestida para casar. Retrato os pensamentos dela na adaptação abaixo:
Sabe aquele momento quando todos estão no casamento, abrem-se as portas da igreja, aparece a noiva - linda - e todos os olhares se voltam para ela? Pois é, logo em seguida, ao ver a noiva, eu olho para o noivo, e é naquele olhar que vejo o casamento acontecendo.”
Espero, e Lucas também, que no nosso casamento os convidados hajam como a personagem do filme e assim fiquem sintonizados com o que estaremos sentindo naquele momento.
Mas deixando os desejos de lado, eu sei, e não vou me ofender se, por acaso, as pessoas nem olharem para Lucas ou sequer olharem para mim, mas sim para o vestido. Afinal esse é sempre um dos comentários do dia seguinte: “ E a noiva, estava bonita? Como era o vestido?”
É por isso que preparei uma postagem especial para um convidado ilustre: O VESTIDO. Começo dando dicas e lá vão elas.
Sem ter um noivo, ou melhor, sem ter, ao menos, namorado e antes mesmo de Martha Medeiros fazer sucesso com a valorização da arte de dezenas de artesãs, eu tinha uma certeza: meu vestido de noiva seria de Renda Renascença.
Tudo isso é só para dizer que antes do meu casamento se tornar uma possibilidade, ele já era real na minha cabeça e começou pelo traje. Penso que não poderia ser diferente, já que se trata do casamento da designer de moda da família Chaves.

Sobre a Renda:

A renda Renascença é uma técnica têxtil que teve sua origem em Veneza, na Itália, no século XVI, e foi introduzida no Brasil por freiras européias. O bordado delicado difundiu-se por aqui pelas mãos das rendeiras nordestinas, que passam a arte de geração em geração. No ofício, linha, agulha e lacê bordam e alinham toalhas, lençóis, colchas, fronhas e mantas. As rendas Renascença são famosas pelo estilo de bordado feito exclusivamente à mão, com traços marcantes, em que predominam pontos exclusivos e entrelaçados delicados. Neste traçado, desenhos concêntricos se projetam em linhas sinuosas e divergentes.


FAZENDO O VESTIDO
Pelo trabalho, em março deste ano, viajei de carro para conhecer o pólo de confecções do Agreste em Pernambuco. Lá chegando, tratei logo de perguntar se alguém conhecia quem vendia renda renascença, já que o estado de Pernambuco é conhecido também pala arte das tramas. No mesmo dia passou no programa da Ana Maria Braga uma reportagem sobre a cidade de Pesqueira e sua tradição nas rendas. Destino ou não, foi chegando uma servidora do Instituto Federal de Pernambuco - IFPE que comentou ser dessa cidade e logo tratou de agilizar os contatos com a Cooperativa Mista dos Artesãos do Agreste e Sertão de Pernambuco (COMASPE). Graças aos meus colegas de trabalho, que estavam comigo na viagem, pudemos passar por Pesqueira na volta ao Maranhão. Minha renascença foi encomendada em Pesqueira e recebi depois de três meses.
Aqui fica para vocês uma amostra dos preparativos do casamento.
                               





Um comentário:

  1. tudo que vejo da martha medeiros só lembro de ti, e tu sempre falando que queria casar com um vestido de renda renascença... sei que vai ficar lindo o vestido e linda a noiva, boa sorte com os preparativos e muita paciência também.

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